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Natal: cuidados que o comerciante deve ter para aproveitar as oportunidades e alavancar as vendas

Mesmo neste momento de pandemia, a época mais quente do ano é agora, pois é o melhor momento para as vendas no comércio. O Natal é responsável pela maior movimentação de varejo, perdendo apenas para a Black Friday. Porém mesmo neste momento atípico não devemos nos descuidar ao sermos seduzidos pelas oportunidades de compras pela internet. 

Porém, mesmo neste momento atípico, não devemos nos descuidar, ao sermos seduzidos pelas oportunidades de compras pela internet. Por isso, é importante, tanto para os consumidores, como para os fornecedores, atentarem para alguns detalhes, para que não sejam lesados.

Tanto nas vendas em lojas físicas, quanto em lojas online, as ofertas e informações sobre os produtos precisam estar claras e objetivas, conforme dispõe o artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor. Para o comerciante do e-commerce, selecionamos algumas dicas, no intuito de se proteger de problemas futuros. São elas:

Domínio explicativo: O endereço da página influencia o volume de acessos. É recomendado que, além do nome da sua marca, sejam usadas palavras-chave referentes ao segmento. Além disso, seu domínio precisa ser curto e fácil de ser escrito. Essas são considerações importantes porque facilitam a memorização do seu site por parte dos consumidores em potencial.

Informações completas e claras: Certifique-se de que todas as informações do seu e-commerce estão claras e devidamente expressas. Essa análise vai muito além dos botões e indicações de menus, se estendendo também para as páginas institucionais. Ofereça dados de contato objetivos e completos, seja o mais detalhista possível nas páginas de Perguntas Frequentes e Políticas de Trocas e Devoluções. Disponibilize para seu consumidor final todo o conhecimento de que ele pode precisar. Isso transmite credibilidade e aumenta as chances de conclusão das vendas.

Atendimento ao cliente satisfatório: Oferecer um bom atendimento ao cliente não é diferencial, mas requisito mínimo para todo empreendimento. É preciso não apenas preparar bem o seu e-commerce para possíveis consultas, mas também, estar disponível na pós-venda para qualquer suporte que se faça necessário. Além de ajudar consumidores indecisos e promover a conversão, um bom suporte em diferentes canais potencializa a fidelização dos clientes já consolidados e aumenta a credibilidade da sua loja virtual.

Responsabilidade: Para evitar problemas judiciais no segmento do e-commerce, os pequenos e grandes negócios devem conhecer as normas descritas na ABNT NBR ISO 10008, que prevê conjunto de orientações necessárias para o atendimento com qualidade ao consumidor da loja virtual. A responsabilidade civil no e-commerce pode ser evitada se, ao criar o site, o empreendedor deixar claro o seguinte: razão social, CNPJ da empresa, endereço físico e eletrônico do estabelecimento, políticas de troca para o consumidor e informações sobre as características do produto. Além disso, preços, formas de pagamento e despesas com o frete devem estar apresentados na plataforma digital de forma objetiva. Se houver alguma promoção, é preciso que seja informado o prazo de sua duração.

Penalidades: Caso não sejam atendidos os critérios estabelecidos pela norma ABNT NBR ISO 10008, o responsável pelo e-commerce poderá sofrer penalidades em razão da má prestação de serviços, tais como: Advertência, seguida da adoção de medidas corretivas; Multas de até 10% no faturamento das vendas; Suspensão de serviços e proibição das atividades no e-commerce. 

Confiança online: A preocupação em conquistar a confiança do consumidor é uma constante no e-commerce, mas para tanto são necessários os seguintes procedimentos: Oportunizar o cancelamento da compra antes de sua efetivação; deixar claros os serviços de garantia do produto; possibilitar a confirmação do recebimento do produto ao consumidor; priorizar o envio de informações claras e consistentes ao consumidor sobre a sua compra.

Segurança: O empresário deve desenvolver práticas capazes de diminuir as reclamações e, que contribuam, com maior segurança aos clientes. A norma deixa clara a importância de se desenvolver o comércio eletrônico com base na política de segurança e regimentos internos da empresa. Isso funciona como uma proteção ao consumidor e ao varejista.

Capacitação: Para o sucesso do empreendimento digital, outro passo a ser seguido é o da capacitação. O empresário deve ficar de olho nas oportunidades para aprimorar os negócios. Fazer cursos sobre como prestar melhores serviços nesse segmento, utilizando-se de novas estratégias de comunicação, além de contar com apoio técnico e gestão especializada, para alavancar as vendas no comércio eletrônico e evitam problemas na prestação de serviços e com a própria legislação.

*Por: Ana Carla Nascimento Mendonça, Lícea Calaes de Oliveira e Glaucia Miranda, advogadas da área de direito do consumidor do escritório Weiss Advocacia, publicado pelo blog Fausto Macedo – ESTADÃO 

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